quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A videolaparoscopia e a videohisteroscopia - Momentos antes

Olá, amigas(os), demorei mas estou de volta para fazer essa postagem.
E é para contar como foi a tal cirurgia de tratamento da endometriose. Dividi em 2 partes para não ficar cansativo. Antes do ato cirúrgico e após o ato cirúrgico. Bem, vamos lá!
No dia da cirurgia acordei cedo, aliás, mal consegui dormir de ansiedade. Tive que fazer um preparo intestinal com um líquido laxante (ninguém merece) e ficar em jejum de 12h, até de água.
Minha irmã foi me levar até o hospital. Já que eu não poderia dirigir na volta , não dava para ir com meu carro. A minha mãe foi de acompanhante. Preferi a minha mãe do que o meu marido, porque cuidado de mãe não tem igual, né?!
Chegando ao hospital, fui encaminhada para o quarto onde eu ficaria no pós operatorio. Ali a enfermeira me orientou a retirar anéis, brincos, elástico de cabelo, e tirar toda a roupa para colocar a capa cirúrgica, aquela touquinha ridícula e o propé (é tipo uma touca descartável, só que é para cobrir os pés).
Fiquei aguardando lá na cama, tentando conversar qualquer coisa com minha mãe para aliviar a ansiedade, mas na verdade eu estava por um fio. Cerca de 1h depois, uma outra enfermeira veio me buscar para ir  para o centro cirurgico. Já levantei da cama com um nó na garganta, e desmoronei no choro. Fui chorando o caminho inteiro... estava morrendo de medo, era a primeira vez que eu ia fazer uma cirurgia. Só de pensar em ser entubada, tive pânico.
Como eu havia dito em posts anteriores, as consultas de pré-operatório com o cirurgião não foram muito legais... não teve muita conversa, eu não sabia o que seria feito durante a cirurgia, nem pra que... Sabe aquela história de humanização do atendimento ao paciente? Na minha opinião, passou longe...Por isso eu estava ali, me direcionando para o centro cirúrgico cheia de dúvidas e medos.
No auge do meu pânico, decidi tentar conversar com o médico alguma coisa antes de começar a operação.
Ao ser colocada na maca, algumas enfermeiras e uma simpática anestesista conversaram um pouco comigo tentando me tranquilizar enquanto colocavam uns eletrodos no meu tórax, puncionavam a veia da minha mão direita para a anestesia. Então pedi para a anestesista não aplicar a anestesia antes que eu pudesse falar com o cirurgião (que não estava na sala de cirurgia até o momento).
Daí a anestesista concordou em aguardar um pouco e a enfermeira foi chamar o Dr Carlos Lino (cirurgião que ia me operar).

Um minuto depois e ele entrou na sala de cirurgia, parou cerca de 1,5m de distância da maca cirúrgica onde eu estava (toda amarrada e cheia de fios) e me cumprimentou. Meio ansiosa (quase desesperada!) eu falei: "Dr, eu queria saber sobre a minha cirurgia... ela vai me ajudar em quê? vai aumentar a minha fertilidade? é uma cirurgia terapêutica ou apenas para confirmar ou descartar se o que eu tenho é endometriose?"
E mais uma vez, decepcionando a minha expectativa, de longe mesmo ele respondeu: "Vamos ver, vamos ver..." e foi se afastando.
Naquele momento tive a péssima sensação de insegurança, o medo aumentou e eu me senti como uma cobaia. Passei a chorar ainda mais, e a simpática anestesista fez a gentileza de me sedar. Puff!
(Continua no próximo post)

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