quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nova consulta com Dr Toninho, com os resultados dos ultimos exames.

Desde que peguei o laudo da histerossalpingografia, aguarde os dias passarem (lentameeeente) até chegar a data da minha nova consulta com o Dr Toninho.
Quando finalmente a data chegou, fui pra consulta munida de todos os meus resultados.
Dessa vez o meu marido me acompanhou na consulta, o que foi ótimo.
O meu marido foi aluno do Dr Toninho na Faculdade de Medicina. Achei que a presença dele ia me ajudar a entender e absorver todas as informações.
A consulta com o Dr Toninho foi fantástica! Ele é maravilhoso!
Me explicou timtim por timtim o laudo do meu exame. Me tranquilizou dizendo que se eu realmente tiver útero bicorno, é num grau muito leve que não atrapalharia em nada levar uma gestação até o final.
Além do mais, o laudo da histerossalpingo não é conclusivo e precisa de outros exames para confirmar a suspeita de útero bicorno.
Bem... tomara que não se confirme esse diagnóstico.
Mas no fim das contas, o Dr Toninho tem uma suspeita muito grande de que o meu problema seja endometriose.
Ele me recomendou que fizesse videolaparoscopia com o Dr Carlos Lino, pq isso iria confirmar se eu realmente tenho endometriose e também cauterizar as lesões causadas pela doença, o que poderia me ajudar a engravidar.
Fiquei tão confiante depois da conversa com Dr Toninho, que ao retornar pra casa, já liguei logo para agendar a consulta para a cirurgia.

O laudo da hiterossalpingografia

Olá, pessoal! No post anterior eu descrevi como me senti fazendo o famigerado exame da histerossalpingografia. Após o exame, fui para casa aguardar o laudo que sairia à tarde.
À tarde a minha mãe foi comigo até a clínica.
Peguei o laudo e já fui abrindo para ver o que tava escrito.
Notícia boa: As duas trompas estavam permeáveis ao contraste. Ou seja, eu não tenho obstrução das trompas, o caminho está livre para passagem de óvulos. Pensei de imediato: "Será que o problema só é que eu não estou ovulando????" Bem... se for isso, vai ser moleza resolver. Vamos ver o que o Dr. Toninho vai achar quando ver o meu exame.
A notícia ruim: A conclusão do laudo é que a imagem era sugestiva de útero bicorno.
Quando eu li, não tinha a menor idéia do que seria isso. Fui correndo pra casa pesquisar no Google, hehe!
Ao chegar em casa, fui pra internet e comecei a ler sobre útero bicorno. Logo, entrei em pânico. Será? Mas a imagem do meu exame não estava tão parecida com as imagens bizarras que encontrei na internet. Uma malformação... eu tenho uma malformação? -Não, não, não, nãoooooo!!! Eu não aceito isso!!! Socorro!
As vezes é melhor a gente ignorar as coisas... Já fiquei achando que seria uma missão impossível engravidar.
Além de não conseguir me conformar de que eu tivesse uma malformação.
Deprê...

domingo, 22 de julho de 2012

A Histerossalpingografia

Próximo exame a fazer: Histerossalpingografia.
Liguei para várias clínicas da cidade, todas com suas agendas lotadas e previsão de vaga, apenas com 3 meses ou mais de espera. Resolvi ligar para algumas clínicas em Feira de Santana, uma cidade a 108km de Salvador. Minha família mora lá, e por isso, decidi tentar. Por sorte, consegui agendar o exame para cerca de 20 dias depois.
Na véspera da data combinada para o exame, viajei para Feira de Santana e dormi na casa da minha mãe.
No dia seguinte, acordei cedinho e me dirigi ao Instituto de Radiologia. O exame era feito por ordem de chegada. Cheguei às 7h e já tinha duas pessoas na minha frente aguardando o mesmo exame.
Fiquei aguardando com um pouco de ansiedade. No dia anterior eu havia lido algo sobre a tal histerossalpingografia, e em muitos blogs, relatos de pessoas que sofreram com o exame... isso me deixou um pouco tensa.
Tecnicamente, esse exame consiste em preencher todo o interior do utero com um líquido contrastado e depois, "fotografar" o útero com Raios X, pra verificar se o líquido passa pelas trompas, e se há algum sinal de septo, sinéquia ou outra anormalidade na cavidade, etc.
Parece um exame simples, mas o grande problema é que dói bastante e é muito desconfortável.
Bem, vou me resumir em registrar aqui a forma como me senti fazendo esse exame, pois há muitos sites que explicam detalhadamente a parte técnica.
Ao ser chamada, me dirigi à sala de Raios X e fui solicitada a tirar a roupa e vestir a capa.
Depois, deitei-me na maca e uma técnica de enfermagem veio colocar em mim o famigerado espéculo (nossa, detesto isso!). Era só o começo, mas já eu estava super desconfortável com aquele espéculo enorme, paracendo que ia me dividir ao meio!
Logo depois, ela veio com um material, um tipo de catéter próprio para o colo do utero. Questionei se a passagem do catéter não deveria ser feita pelo médico, em vez da técnica de enfermagem.
A técnica de enfermagem demonstrou descontentamento com o meu questionamento e chamou o médico radiologista.
Então, vi o médico entrar na sala com uns óculos pretos no rosto, tipo máscara de mergulho. Ele disse que se ele retirasse os óculos, as pupilas iriam se contrair e ele nao ia conseguir enxergar as imagens de raio X durante o exame, e insistiu para que o catéter fosse passado pela técnica de enfermagem.
Não gostei nem um pouco disso, mas mesmo discordando, eu já estava ali, resolvi criar forças e enfrentar a situação.
A técnica de enfermagem parecia desajeitada, ela tinha dificuldade para acessar o orifício do colo do útero e mexia o espéculo pra lá e pra cá. Eu estava me sentindo péssima, sentia dor, desconforto... mas ia aguentando...
Com a demora para ela conseguir passar o catéter, o médico resolveu tirar os oculos pretos e veio "ajudar". O que ele fazia era só dar opinião: "Faz assim, faz assado", e a mulher, mexendo e remexendo o espéculo tentando colocar o catéter.
Quando finalmente conseguiu colocar o catéter, veio a pior parte. Sem eu ser avisada, ela pinçou o meu colo do útero com uma pinça cirúrgica.
Nooooossaaaa, que dor terrível. In - su - por - tá - vel!
A tortura começava aí. Após pinçar o meu colo do útero, colocaram mais um monte de ferros dentro da minha vagina. Eu não sabia o que era aquilo, parecia um fórceps. Nenhum deles se preocupou em me comunicar o que estavam fazendo. Humanização do atendimento: ZERO!!!
Tudo doía tanto que eu já nao conseguia me controlar, gritei, chorei, pedi pelo amor de Deus para pararem com aquilo, e os dois profissionais que estavam me atendendo, muito isentos da dor que eu estava sentindo, só ficavam dizendo "aguente mais um pouquinho", "aguente aí para não ter que vir fazer tudo de novo".
Bem, daí o contraste foi injetado e feitos os raios X, sendo que eu ainda precisei me virar pra um lado e pro outro com aquele monte de ferros, para "fotografar" o meu utero em vários angulos.
Foram feitos 5 raios X. Fim da tortura? - Ainda não!
Tive que esperar revelar os filmes de raio X pra ver se ficou bom, pra só depois retirarem aqueles ferros e aquela pinça de dentro de mim.
Saí do consultório desesperada, e ao chegar na rua, do lado de fora da clínica, desabei no choro...
Sentei, liguei para a minha irmã, contei sobre o exame. Passei alguns minutos tentando me acalmar, e depois voltei para o carro e fui para a casa da minha mãe aguardar o laudo, que sairia à tarde.
Esse, sem dúvida, foi o pior procedimento que já fiz na vida. Me senti exposta, humilhada, maltratada, sem falar na dor. Acho que tudo se tornou pior com a falta de humanização do atendimento. A cara de "nada" do médico, que não me passou segurança nenhuma, e o fato de o catéter ser inserido por um técnico de enfermagem que não tinha nenhum jeito para fazer isso. Tudo contribuía para o máximo de sofrimento.
Fiquei me questionando se esse exame não seria um ato médico, que erroneamente a clínica estava colocando um técnico de nível médio para fazer, pois ao meu entender, não é um procedimento simples.
Ahhh, mas o pior já tinha passado. Depois eu verifico essa questão junto ao Conselho de Medicina.
Agora era só esperar o laudo e retornar para o meu querido médico ginecologista, Dr Toninho.